Assim como nos adultos as crianças estão igualmente expostas ao risco de acidentes graves como nas colisões de automóveis e motocicletas. Há de se imaginar, entretanto, que pouco provavelmente o atendimento será realizado por uma equipe especializada em pediatria, em especial por um neurocirurgião pediátrico.
Nestes casos o neurocirurgião geral acaba gerando o atendimento e não frequentemente se depara com a condição de hematomas extensos intracranianos necessitando de procedimento operatório. Assim como para os adultos a cranicetomia descompressiva, ou seja, a retirada da calota craniana unilateral, para o tratamento do TCE é uma prática realizada para salvar a vida do paciente. Uma condição pouco explorada, entretanto, é como realizar a reconstrução craniana destas crianças.
Diferentemente dos adultos o crânio dos nossos pequeninos ainda não está em plena formação e irá se desenvolver e aumentar suas dimensões. Tal fato têm grande implicação no tratamento destas. Via de regra, para adultos, utilizamos moldes de titânio em formato craniano ou enxertos prototipados (desenhados exclusivamente para aquela situação) para reconstrução da falha.
Em crianças, em especial nas pequenas, a utilização de tais produtos torna-se impeditiva uma vez que não acompanharão o crescimento e passarão a penetrar no crânio ou manter uma deformidade insatisfatória do ponto de vista cosmético sendo necessária uma reoperação na idade adulta. Advém daí a importância do neurocirurgião pediátrico no tratamento destas crianças. Enxertos ósseos autólogos (costelas e calota craniana contralateral bipartida) e enxertos heterólogos de bancos de ossos são frequentemente utilizados neste contexto tornando possível a resolução em tempo único destes casos. Fica assim reservado a utilização de próteses para aqueles mais graves nos quais a falha óssea é extensa e sem possibilidade de cobertura óssea própria.
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